À serviço da vida
- pelegrincecilia
- 10 de mar. de 2022
- 4 min de leitura
Lc 7, 11-17 e Campanha Fraternidade
Autoras: Cecília Pellegrini e Vera Pastrello
Cenário: Um cenário de fantoches num plano alto do palco. 2 fantoches simbolizando 2 continentes: Africano e Europeu. Na frente do teatro de fantoches haverá uma cadeira.
Personagens: Amazônia, um animal, uma flor, Mãe Terra, 2 manipuladores dos fantoches para África e Europa-Itália e 3 crianças.
[Em cena, a Amazônia, muito doente, estará sentada na cadeira e um cobertor por cima e aparelho de nebulizador ligado. Embaixo do cobertor haverá um animal e uma flor = crianças fantasiadas. A Amazonia tosse várias vezes. A Mãe Terra entra com uma bacia pequena e panos, para fazer compressa.]
MÃE TERRA [aflita, fala com a plateia]: - Minha nossa, minha filhinha está cada dia pior! Amazônia, a mamãe vai fazer umas compressas e você verá, a febre irá abaixar.
AMAZÔNIA: - Está doendo muito, mamãe!
MÃE TERRA [abraça a filha]: - Eu sei filhinha, eu sei. Aguenta firme [telefone toca]. - Espera um pouquinho [desliga o nebulizador], a mamãe já volta [a mãe vai atender] – alô!
AFRICA: - oi mãe terra, aqui é sua filha África.
MÃE TERRA: - Oi filhinha, eu adoro esse continente tão cheio de animais selvagens. Que saudades!
AFRICA: - Ah mãe, mas já não é tão bonito assim,
MÃE TERRA: - Porque minha filha, o que está acontecendo aí?
AFRICA: - Muita coisa ruim, mãe. Os elefantes da savana estão cada vez mais sendo mortos,
MÃE TERRA: - Ah esses meus filhos homens que estão cada vez mais gananciosos. Preferem acabar com os elefantes só pra ter o seu marfim.
ÁFRICA [ansiosa querendo contar mais coisas] - É mãe, os homens com toda essa tecnologia moderna, ao invés de criar mais vida, estão destruindo a natureza. Você sabe que as girafas têm que caminhar muitos quilómetros para encontrar árvores para se alimentar?
MÃE TERRA: - Filhinha, bem que tive um pressentimento. Uma forte dor de cabeça.
AFRICA: - Vem pra cá mãe. Estar com você me fará tanto bem. Preciso do seu colinho.
MÃE TERRA: - Querida, bem que eu queria, mas a Amazônia está muito, mas muito doente.
AFRICA: - Doente?
MÃE TERRA: - Sim, ela está nas últimas... [fala baixo – chora.]
AFRICA: - Nossa mãe faz tempo que eu sei que ela está mal, mas não pensei que fosse tão sério.
MÃE TERRA: - Pois é, filhinha, mas é estado terminal, mesmo.
AFRICA: - Força, mãezinha. Cuide bem dela, ta? Beijos.
MÃE TERRA: - Fique em paz, querida. Mande sempre notícias [despedem-se.]
AMAZÔNIA: - Quem era, mamãe?
MÃE [enxugando as lágrimas e se recompondo]: - Sua irmã África, te mandou um beijo.
AMAZÔNIA [começa a sentir náuseas]: - Ai, ai, acho que vou vomitar.
[Som – sai um bichinho que estava debaixo do cobertor. Ele cambaleia e cai no chão morto.]
MÃE TERRA: - Ai, ai, que sofrimento, a fauna está morrendo [corre em direção à Amazônia] - Filha, tenha calma, meu bem. Vamos medir a febre.
[Toca o telefone e a Mãe Terra vai atender.]
MÃE TERRA: - Alô.
ITALIA: - Mama querida, como vai bela?
MÃE TERRA: - Itália, filhinha, há quanto tempo!
ITALIA: - O que se passa? Eu conheço bem a senhora e sua voz está triste.
MÃE TERRA [chora]: - A Amazônia está nas últimas. Agora mesmo acabou de ter mais uma crise de dor. Os animais continuam morrendo, as árvores sendo derrubadas...
ITALIA: - Aqui na Europa não temos essa natureza exuberante, essa floresta maravilhosa. Se a minha irmãzinha Amazônia morrer, o que será de todos nós?
MÃE TERRA: - É filha, eu sei que vocês aí da Europa estão sofrendo muito com a mudança do clima.
ITALIA: - Mama mia, aqui está faltando água, as geleiras estão derretendo, a temperatura está aumentando.
MÃE TERRA: - Calma filha, calma! [olhando para a plateia) - Sabe, quando meus filhos sofrem, eu sofro também. Já não sou mais a mesma. Há tempos também estou doente.
ITALIA: - É mama, parece que os homens não estão sendo inteligentes, não é? Mas, força, mama mia. Bacci, bacci. Beijos para ti e para a Amazônia [despedem-se].
[Som a Amazônia tosse várias vezes, sai uma flor debaixo do cobertor, com galhos secos.]
MÃE TERRA: - Minha nossa, agora é a flora que está se acabando.
[A Amazônia sai da cadeira, cambaleia e cai no chão. Toca-se um sino. A Amazônia morre.]
MÃE TERRA [chorando]: - Amazônia, filhinha.filhinha. Fala comigo! [grita]: - Amazôniaaaaaaaa [chora].
[Entra em cena, 3 crianças, toda de branco.]
MÃE TERRA: - Crianças, por favor, me ajudem. A minha filhinha está morta! [choro.]
CRIANÇAS: - Não chore!
[As crianças se aproximam, tocam a Amazônia e dizem:]
CRIANÇA 1: - Somos os guardiões da natureza!
CRIANÇA 2: - Amazônia, precisamos de você para chegarmos ao futuro.
CRIANÇA 3: - Sem você não haverá vida na Terra.
CRIANÇAS: - Levanta-te!
[Música – A Amazonia levanta. O bichinho e a flor também e todos se abraçam.]
MÃE TERRA: - Que bom que vocês perceberam que nós precisamos de seus cuidados.
AMAZONIA: - Cuidar do planeta. Esse é o melhor remédio.
MÃE TERRA: - A vida é um dom supremo que recebemos de Deus!
AMAZONIA: - Ele é o grande amigo da vida, do ser humano e de todos os viventes que Ele criou na natureza.
AFRICA [fala com a plateia]: - Crianças, então vamos cuidar do que Ele nos deu!
ITALIA [continua a falar com a plateia]: - Que tal vocês crianças se juntarem aos guardiões da natureza?
MAE TERRA: - Boa ideia Itália! Então pra começar, é preciso sempre lembrar...
TODOS: - Quem é guardião da natureza:
CRIANÇA 1: - Joga lixo no lixo.
CRIANÇA 2: - Toma banhos rápidos.
AFRICA: - Não deixa a luz do quarto acessa à toa
ITALIA: - Não arranca folha do caderno toda hora.
AMAZONIA: - Escolhe brinquedos com pouca embalagem.
CRIANÇA 3: - Não suja as praias.
BICHO: - Protege os animais.
FLOR: - Cuida das plantas
MAE TERRA: - Dessa forma estaremos...
TODOS: - À serviço da vida! Tchau!




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