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Pipoca e Paçoca - Dia das Crianças

Autoras: Cecília Pelegrini e Vera Pastrello

As crianças estavam todas sentadas aguardando a chegada de um palhaço para diverti-las.

Uma música animada começou a tocar para a entrada do apresentador.

Após receber os aplausos, ele falou: - Boa tarde, garotada! Eu havia convidado o palhaço Farofão para estar aqui hoje com vocês, mas ele não podia, então ele disse que mandaria duas tias dele. Elas já estavam aposentadas sabe, mas como elas adoram as crianças aceitaram imediatamente. Com vocês...

Os tambores rufaram e ele falou o nome das palhaças: - Pipoca e Paçoca!

Cada palhaça entrou por um lado do palco e se cumprimentam no meio, com gestos bem engraçados.

A Pipoca perguntou: - Como vai, como vai, como vai, vai, vai, vai, vai?

A Paçoca respondeu: - Eu vou bem, eu vou bem, eu vou bem, berem, bem, bem.

- Tudo bem, sua palhaça? Pipoca quis saber.

E a companheira deu a resposta seguida de beijinhos: - Eu vou bem, sua palhaça!

O apresentador interrompeu: - Ei, eu sei que vocês são amigas, mas as crianças estão ansiosas para conhecê-las.

Se fazendo de íntima Pipoca se dirigiu ao apresentador: - Oi, Ma, você está aí?

E estava indo até ele, quando a Paçoca lhe puxou o braço e completou: - Chado!

A Pipoca disse: - Ah, entendi! Chado, você está aí?

Novamente ela estava indo até o apresentador e a Paçoca lhe puxou o braço e alertou: - Não Pipoca, o nome dele é Machado!

Finalmente ela entendeu e cochichou com as crianças da plateia: - Sim, isso, isso mesmo. Coitadinho, né crianças, tão bonitinho e com um nome tão trágico. Eu prefiro ser pipoca do que uma machado kkkkk.

Depois foi até o apresentador cumprimenta-lo, com gestos super engraçados: - Oi, Machadão. Tudo bem, tudo bem, tudo bem, berem, bem, bem?

Enquanto uma estava entretida na apresentação, a outra começou a paquerar um rapaz que estava sentado na primeira fileira da plateia.

Pipoca observou o jeito da amiga e comentou: - Paçoca! Mas esta palhaça, depois que ficou pra titia, agora não pode ver um, um... minha nossa, mas ele é bonito mesmo!

E para interromper aquela paquera ela ficou na frente da Paçoca e cochichou - Venha cá, dê um bom dia ao sr. Machado. Ele é casado, heim. Muito respeito, cumprimente com apenas um caloroso bom dia.

Paçoca concordou: - Sim, sim.

Depois pegou um leque dentro da sua bolsa e deu um bom dia, abanando o apresentador: - Um bom dia com muito calor prá você!

O Machado riu e respondeu: - Tudo bem, um bom dia caloroso prá você também, mas por que vocês não cumprimentam as crianças?

- Mas por que você não disse antes. Paçoca argumentou.

E a Pipoca completou: - É, por que você não disse antes, Machadão? Nós adoramos crianças.

As duas gritaram: - Bom dia, garotada!

E foram citando alternadamente: - Bom dia, papai, mamãe, titio, titia, vovô, vovó... Pipoca completou: - Ursinho, coelhinho, periquito, papagaio... Nossa, que bicharada!

Olhando bem para uma das cadeiras na plateia Paçoca falou: - Bom dia, Gatinho sentado naquela fileira...

Mas a amiga a coloca no foco: - Viram o que dá ficar prá titia? Sua assanhada. Estamos aqui para alegrar as crianças, as crianças, ouviu bem?

Paçoca responde com os olhos fixos no rapaz: - Ahn?

Então Pipoca estalou os dedos nos olhos da Paçoca e ela lembrou o que estava fazendo ali no palco: - Ah, sim, as crianças! Quanta criança bonita temos aqui!

A amiga completou: - E são muito espertas também. Será que tem alguém aqui que faz xixi na cama?

Paçoca foi atrás da Pipoca e começou a apontar, insinuando que ela fazia xixi na cama.

A outra palhaça viu e ficou brava, fez uma careta, caminhou em direção das crianças e cochichou para elas: - Sabiam que ela ainda chupa chupeta?

Sem ouvir o cochicho Paçoca lembrou: - Quem cochicha o rabo espicha.

E a amiga respondeu: - Quem fala o rabo estrala! Sabe de uma coisa, vamos parar com essa palhaçada e começar a brincar com as crianças.

Paçoca concordou: - Está bem. Vocês não imaginam quanta coisa legal podemos fazer. Vamos começar então, no meu tempo de mocinha palhacinha, eu era a mais engraçada, a mais contratada, a mais ...

Pipoca disse: - Comece então, sua convencida.

Toda pomposa ela se arrumou toda e iniciou: - Então, vou começar!

Depois pediu: - que rufem os tambores!

Ouviu-se o som do rufar. Depois silêncio total. Duas tentativas e nada.

Meio envergonhada a Paçoca confessou: - Acho que estou meio enferrujada!

A Pipoca então se propôs a começar: - Deixa comigo...

Os tambores rufaram, ela pegou um frasco de óleo, levantou o braço esquerdo e jogou nas juntas do braço, aproveitou e deu uma cheiradinha no sovaco e viu que estava com mau odor, depois colocou nas juntas da perna e até no bumbum, mas nada de começar...

Paçoca interrompeu: - Pronto, pronto, pode parar! Já estou ótima. Eu fiquei enferrujada porque fiquei só na frente da televisão. É preciso correr, pular, brincar. Por isso vamos agora fazer ginástica... E ela começou a fazer uns exercícios bem rápidos...

Pipoca adorou: - Isso, fazer ginástica. A garotada precisa fazer ginástica. Todo mundo vai fazer o que a gente fizer, tá?

A Paçoca pegou 2 cadeiras bem coloridas e falou: - Já cansei, vamos fazer sentadas?

- Mas, tem que exercitar as pernas também. Lembrou a amiga.

Paçoca solucionou: - Depois a gente deita e só exercita as pernas. Tenha pena da palhaça aqui. Metade do corpo agora e metade depois. Eu quero ficar enxutinha para o gatinho ali na plateia. - Veja só como ele olha pra mim. Mas preciso ir devagar, né!

Pipoca concordou: - Tá legal. Vamos fazer a ginástica sentadas então. Vamos lá crianças. Cheire a florzinha e apague a velinha.

Depois do exercício de respiração começou a tocar uma música bem rápida e a Pipoca fez gestos e contava acelerado: - 1,2,3,4,5,6,7,8

Paçoca interrompeu: - Para, para, para... Eu estou esbaforida, vamos diminuir o ritmo um pouquinho

Aí começou a tocar uma música bem lenta e fizeram gestos e falavam lentamente: - 1,2,3,4,5,6,7,8

A Pipoca não gostou: - Oh, céus! Desse jeito também não.

Por fim tocou uma música normal e fizeram uma sequência bem bacana de exercícios corporais: - 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8

Paçoca levantou cansada, abriu a bolsa e pegou um lenço e pediu: - Para, Para, para. Estou suada, estou em bicas.

Ela passou o lenço no rosto e foi até um vaso com plantas e espremeu e era só gotas de suor que caíam.

De repente ouve-se o som de chamada no celular.

Pipoca começou a procurar o aparelho nos bolsos e não encontrava: - É o meu celular.

O telefone não parava de tocar e as duas procuravam nos bolsos.

Paçoca então percebeu que o som vinha da enorme bolsa dela. Ela abriu e pegou um telefone antigo e colocou sobre uma caixa colorida que estava no palco e, por fim atendeu: - Alô, hum, sim, não, sim, não, sim, nãaaaaaaaoooooooooo!

Pipoca perguntou apreensiva: - O que foi?

Paçoca respondeu: - Sei lá, não conheço, é um tal de Robson.

Eufórica a amiga pegou e foi atendeu: - Robson, o voluntário lá da creche. Dá aqui, rápido.

E atendeu: - Oi, sim, sim, sim Robson. Nossa, que horas são?

Paçoca tirou um enorme relógio da bolsa e mostrou para a amiga.

Pipoca falou: - Estou atrasadíssima! Mas diga para as crianças que eu irei, quero dizer, nós iremos, pois levarei a Palhaça Paçoca também. Tchauzinho pipocante para você Robsinho!

Paçoca começou a imitá-la: - Tchauzinho pipocante prá você Robsinho. Que que é isso minha gente!

A explicação a amiga deu em seguida: - Ele é o rapaz que ajuda a cuidar das crianças da creche. Eu prometi que iria lá brincar com elas. Elas já estão esperando. Nós precisamos ir.

Paçoca pergunta espantada: - Nós?

E a outra palhaça responde: - Sim, vamos lá alegrar aquelas crianças. Sabia que muitas delas não ganham presentes neste dia, não têm um almoço festivo, não têm o papai, vovô e vovó?

- Nossa, que triste. Fale mais sobre elas. Pediu Paçoca, muito interessada.

A Pipoca explicou bem explicadinho: - Onde elas moram é um lugar muito triste e um bairro cheio de coisas ruins que criança não deveria ter que ver.

- E porque elas têm que conviver com essas coisas ruins? Perguntou a amiga.

Pipoca continuou:- Porque as mães delas, quando eram pequenas, não tiveram a sorte de conhecer gente que as ajudasse.

Paçoca entendeu: - E essas crianças, os filhos delas, encontraram o Robson! Já estou gostando dele também.

E a amiga completou: - Encontraram o Robson e uma porção de outras pessoas que ajudam essas crianças. Famílias inteiras que doam alimentos, roupas, os filhos doam brinquedos e muitos adultos trabalham semanalmente lá, como voluntários.

Paçoca não se cabia de contentamento: - Que formidável. Isso sim é Dia das crianças. Vamos lá Pipoca, vamos levar alegria para as crianças daquela creche.

Depois foi a vez da Pipoca falar com todas as pessoas que estavam na plateia: - Papais, mamães, vovôs, vovós: Podemos ser adultos hoje, mas temos uma criança dentro de nós. Vamos sorrir como as crianças, ler historinhas, brincar e repartir a nossa alegria com todo mundo, principalmente com as crianças que são da nossa própria família.

Para encerrar a participação das duas palhaças a Paçoca pediu: - Repitam o que eu vou dizer: Eu vou sorrir assim.

E as duas deram um lindo sorriso e todos imitaram.

Depois foi a vez da Pipoca: - Eu vou abraçar assim...

Elas abriram bem os braços e pediram para a plateia: - Abrace quem estiver ao seu lado.

Paçoca orientou: - Eu vou beijar assim... Paçoca deu um beijo na bochecha da Pipoca e depois pediu: - Beije quem está ao seu lado...

Depois elas finalizaram: - Muito bem amiguinhos, viram como é gostoso viver bem!

Em união! Isso é viver como Jesus nos ensinou! Feliz Dia das Crianças! Tchau!

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