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À espera do amor perfeito

Lc 21,25-28.34-36

autoras: Vera Pastrello e Cecília Pellegrini


Cenário: Um teatro de fantoches no centro do palco.

Personagens: Narradora (será um fantoche: Boneca-flor), 7 flores (crianças fantasiadas), Coração (criança fantasiada), Abelha, Joaninha, Tristeza, 2 Borboletas: Borbolinda e Borbonita, Esperança.

NARRADORA: - Era uma vez um lindo jardim chamado Sonho Verde. Este lindo lugar era repleto de flores coloridas e perfumadas.

[Música instrumental. As flores e o coração entram em cena dançando. Após a entrada abaixar o som para a fala da narradora.]

NARRADORA: - Mas que maravilha! As flores viviam como irmãs, uma ajudando a outra, repartiam, brincavam sem brigar. Estavam sempre alegres e unidas. O amor reinava entre elas.

[Aumenta-se a Música. As flores brincam e o Amor brinca junto.]

NARRADORA: - Mas com o passar do tempo, elas não se entendiam mais, brigavam entre si, não deixavam a abelhinha recolher o mel, muito menos a joaninha comer as folhinhas.

[Música triste. Entra uma Abelha e uma Joaninha. As flores se esbarram, viram de costas umas para as outras, empurram a abelha e a joaninha. Fingem brigar. A abelha e a joaninha ficam afastadas, sentadas, muito tristes.]

NARRADORA: - O Amor foi ficando triste... Triste... Sentia-se abandonado. Ele foi ficando fraco, fraco, até que não aguentou mais e desmaiou. Coitadinho do Amor! As flores nem ligavam e preferiram ficar na companhia da dona Tristeza, que mais parecia um fantasma ambulante.

[Música trágica. A Tristeza entra e vai contaminando as flores que vão murchando e abaixando aos poucos. Todos ficam abaixados no chão.]

NARRADORA [chorando]: - Buáááá, que história triste. Flores tão lindas entregues ao desânimo e a tristeza.

[Entram duas Borboletas cantando (paródia da música Borboletinha): - Borboletinha, vai na florzinha, pegar o polem, pra encher a barriguinha [vão diminuindo a música quando percebem as flores caídas.]

BORBOLETA 1: - Pipoquinhas, carambolas!

BORBOLETA 2: - Carambolas, pipoquinhas!

BORBOLETAS: - O que aconteceu?

NARRADORA [triste]: - Oi Borbolinda, oi Borbonita.

BORBOLETAS: - Oi Boneca Flor.

BORBOLETA 1: - Que jardim mais triste, que terremoto passou por aqui? Jogaram veneno, inseticida, herbicida, fungicida?

NARRADORA: - Pior que não, elas mesmas fizeram isso.

BORBOLETA 2: - Como assim, você quer dizer que elas se mataram? [começa a chorar]: - E agora, onde nós vamos pousar pra pegar aquele polenzinho com sabor de chocolate? [mais choro.]

BORBOLETAS 1: - E aquelas flores com sabor de musse de morango com brigadeiro [chora também.]

NARRADORA [brava]: - Vamos parar já com esse chororó. As flores não estão mortas, estão apenas vegetando.

BORBOLETAS 2: - Mas Boneca Flor como foi que isso aconteceu?

NARRADORA: - As flores começaram a brigar, uma não ligava mais para a outra.

BORBOLETA 2: - E olha só no que deu. Veja Borbonita, o Amor até desmaiou! Pra isso acontecer, o egoísmo só pode ter tomado conta desse jardim.

BORBOLETA 1: - Chiiiiiiiiii, veja Borbolinda a dona Tristeza dominou o pedaço, vejam só. Olha essa então, até perdeu as folhas, ihhhhh... até o miolo amarelinho se pirulitou.

NARRADORA: - Não aguento ver esse jardim desse jeito. Estou lutando, mas se continuar assim a dona Tristeza vai tomar conta de mim também.

BORBOLETA 2: - Boneca Flor não deixe a tristeza chegar aí, não. Borbonita, você não acha que precisamos fazer alguma coisa para ajudar essas flores? Tão desmilinguidas, tão murchinhas...

BORBOLETA 2: - Borbonita, eu sei quem pode dar um jeito nesse jardim!

BORBOLETA 1: - Quem?

BORBOLETA 2 [cochicha algo no ouvido da Borboleta 1.]

BORBOLETA 1: - Boa ideia! Mas como vamos fazer para trazê-la? Ela é muito ocupada.

NARRADORA: - Vocês duas estão me deixando maluca. Quem é que vocês querem chamar?

BORBOLETA 2: - Ah bonequinha florzinha, não precisa ficar brava. É que vamos pedir pra dona Esperança vir aqui pra dar um jeito nessa situação.

NARRADORA: - Boa ideia! Só mesmo a esperança para mudar o astral desse jardim.

BORBOLETA 1: - Mas como vamos chamá-la?

NARRADORA: - Mas isso é fácil. É só fechar os olhinhos e desejar a presença da esperança.

BORBOLETA 2: - Então vamos. Todas as flores e botões desse jardim fechando os olhos.

BORBOLETA 1: - Todos de olhos fechados? Muito bem, então agora vamos chamá-la bem alto: Esperança!

ESPERANÇA [entra esbaforida]: - Posso saber por que motivo vocês me tiraram dos meus afazeres?

BORBOLETA 2: - Não fique brava dona Esperançazinha. É por um bom motivo.

BORBOLETA 1: - Veja o que aconteceu com esse jardim.

NARRADORA: - Por favor, faça alguma coisa, pois não podemos viver sem você, esperança.

ESPERANÇA [dá uma volta e olha cada flor]: - É, estou vendo que terei muito trabalho aqui.

BORBOLETA 2: - Mas tem conserto?

ESPERANÇA: - Enquanto a Esperança estiver reinando sempre haverá conserto.

BORBOLETAS [animadas]: - É isso aí!

ESPERANÇA: - Temos que agir com urgência.

BORBOLETA 2: - Mas por que a urgência tão urgentíssima?

BORBOLETA 1: - Ué irmãzinha, você esqueceu que está chegando o dia em que a Mãe Natureza enviará uma flor muito importante para esse jardim?

BORBOLETAS: - É mesmo a Mãe Natureza falou que essa flor irá transformar à todos desse jardim.

NARRADORA [ansiosa]: - Mas que flor é essa?

ESPERANÇA: - Essa flor desabrochará, trazendo muita paz, alegria e união.

NARRADORA: - Não façam suspense. Digam-me que flor é essa?

BORBOLETAS: - É o amor perfeito!

ESPERANÇA: - Sim, uma flor com um perfume delicado, com pétalas coloridas e aveludadas.

NARRADORA: - Mas nós nunca tivemos essa flor aqui.

ESPERANÇA: - Exatamente. O amor perfeito virá para este jardim para ensinar a todas as flores sobre a justiça, a fraternidade, a solidariedade e a paz.

BORBOLETA 1: - Esperança faça alguma coisa logo. Precisamos estar preparadas para receber o amor perfeito.

NARRADORA: - E vocês sabem quando o amor perfeito chegará?

BORBOLETAS: - Lógico que sabemos.

BORBOLETAS 2: - O amor perfeito chegará no dia 25 de dezembro.

NARRADORA: - Hoje é dia 03 de dezembro. Faltam apenas 22 dias.

BORBOLETAS [agitadas]: - Só isso?

BORBOLETA 1: - E agora?

BORBOLETAS 2: - Não vai dar tempo de preparar tudo

ESPERANÇA: - Muita calma nessa hora. Primeiro vamos acordar o amor porque ele precisa reinar no coração de todos. Vocês duas venham me ajudar. Muita concentração [declamará]:

São tantas estrelinhas lá no céu.

São tantas florzinhas neste jardim

Espero que o amor adormecido

Acorde desse sono sem fim.

[O Amor vai se levantando, abrindo os olhos e sorrindo.]

AMOR: - Só você mesmo Esperança para me acordar [abraços.]

BORBOLETA 1: - Amor, você precisa ser forte.

BORBOLETA 2: - Somente com sua força é que podemos preparar tudo para a vinda do Amor Perfeito.

ESPERANÇA: - Vamos lá Amor, eu te ajudo a dar mais vida para essas florzinhas.

TODOS [cantam no ritmo da ciranda cirandinha]: - Flores, florzinhas, vamos todas acordar. Pra viver a vida nova e a alegria irradiar.

[Todos vão cantando. A Esperança e o Amor vão passando a mão na cabeça das florzinhas e a medida em que vão fazendo isso elas vão se arrumando e se abraçando, uma delas vai buscar a Joaninha e a Abelhinha.]

BORBOLETAS: - Missão cumprida!

TODOS [batendo palmas]: - Viva!

TODOS [cantam no ritmo da música “Nesta rua tem um bosque”.]

O amor perfeito, o amor perfeito irá chegar,

Pra nossa vida, nossa vida transformar,

Quem ao próximo, quem ao próximo ajudar

Com Jesus, com Jesus irá ficar.

TODOS: - Tchau pessoal! [jogam beijinho.]

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