Vamos lutar pela Vida!
- pelegrincecilia
- 16 de jun. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 14 de out. de 2020
Lc 21,5-19
Autora: Cecília Pellegrini
A historinha de hoje se passa na zona rural, com uma natureza linda, onde morava a Porquinha Quinha, que adorava viver na fazenda, longe da poluição.
Certo dia ela chegou na sua casa muito animada e começou a pensar: - longe da poluição da cidade minha pele fica tão limpinha!
De repente ela viu as frutas que tinham amadurecido no pé e foi logo dizendo: - Bom dia, Pé de Maçã!
E a árvore respondeu: - Bom dia, Quinha!
Ela viu também uma linda flor e depois de cheirar e sentir seu delicioso perfume disse: - Oi, Margarida!
- Oi, Porquinha! Respondeu a flor feliz.
Quando sede sentiu ela foi até o rio: - Dia, seu rio., vou tomar um pouco de sua água limpa e fresca.
E o rio satisfeito retribuiu o cumprimento: - Um lindo dia para você, amiga!
De repente surge o Boi mugindo: - Sua porca, sua porca...
Mas a porquinha não gostou muito do tratamento: - Nossa, boi Babão, isso lá é jeito de falar com uma jovem porquinha feito eu?
Muito envergonhado o boi se desculpou: - Desculpe, Quinha, mas a coisa está feia... feia não, está horrorosa, tenebrosa, macabra. Você vai cair dura quando souber.
Com muito medo ela pediu: - Pára, pára. Conta logo, pois já estou com medo.
Então o amigo falou: - Para você não pensar que estou exagerando você verá tudo pela televisão.
Ele foi até a TV e ligou. A música do Jornal Nacional estava tocando e o casal de repórteres começa a apresentar o noticiário.
O Willian Bode e Fátima Bezerra cumprimentam os telespectadores : - Méééé Bom dia!
A Quinha disse: - Eu adoro o William Bode e a Fátima Bezerra.
Mas Babão chamou-lhe a atenção: - Psiu, quieta para você ouvir tudo.
O primeiro a noticiar foi o Willian: - Uma onda de tragédias assola o nosso planeta: aquecimento global...
Depois a Fátima continuou: - Desmatamento, drogas...
E o Willian disse mais uma tragédia: - Tráfico de armas, pessoas e de animais...
Fátima: - terremotos, doenças...
Willian: - crianças que ainda morrem de fome...
Willian e Fátima: guerra...
E ouve-se ao fundo o som de metralhadora.
Willian: - A zona rural que antes era o próprio paraíso, também está sendo alvo dos bandidos.
Fátima: - Inúmeras fazendas, sítios e chácaras já foram assaltados, os animais foram roubados, violentados...
Willian e Fátima: - Massacrados.
Willian: - O Jornal Rural fica por aqui. Um ótimo dia para vocês.
Fátima: - Bom dia e até amanhã.
A porquinha, tremendo muito, desligou a TV e falou: - Boi Babão, eu estou com muito medo.
O Boi também começou a tremer: - Eu também, eu também!
Nessa hora a mãe porca Porcina chegou chamando pela filha: -Quiiiiinhaaaaa...
Depois que viu os dois tremendo perguntou: - O que aconteceu?
E os dois amigos, tremendo muito, responderam: - Uma tragédia!
A mãe foi acalmá-los: - Calma. Respirem fundo e agora me contem tudo.
Quinha começou a falar: - Mãe, o Willian Bode e a Fátima Bezerra falaram coisas horríveis que estão acontecendo.
E o boi continuou: - É dona Porcina, sabia que a violência chegou até nas fazendas? Nós seremos os próximos.
A porquinha gritou desesperada: - O mundo vai acabar!
Com muita paciência a mãe explicou: - Realmente o mundo não é eterno, essa é uma verdade difícil de aceitar.
Os dois tremendo muito concordam: - Você tem razão!
A porquinha se trancou no curral e começou a cantar: - “Daqui não saio, daqui ninguém me tira...”
- Coragem, minha filha! Disse-lhe a mãe.
O boi falou: - Ela tem razão, o melhor é se trancar dentro de casa, se proteger. Ele entrou no curral e cantaram juntos: - “Daqui não saio, daqui ninguém me tira...”
A mãe, então, pontuou: - Quinha, Babão, lembrem-se que o nosso mestre Cordeiro disse que isso poderia acontecer.
Os dois perguntaram: - Ele disse?
Com muita convicção a mãe respondeu: - Sim, disse, mas Ele também falou que aqueles que acreditassem Nele, aqueles que ficassem firmes em tudo o que Ele nos ensinou ganhariam a VIDA.
A porquinha saiu do curral e com muito interesse perguntou: - Mãe, como assim... ficar firme?
E, pacientemente, a mãe explicou: - É ter coragem, isso quer dizer: ânimo, valentia, perseverança. Energia para tentar mudar as coisas, entendeu?
Muito interessada a filha indagou: - Mudar as coisas? Quer dizer que outro mundo é possível?
Ao mesmo tempo a árvore, o rio, a flor e a mãe responderam: - Mas é claro!
E a mãe completou: - Nosso Mestre ensinou a amar, a dividir, não mentir, não brigar.
Depois de refletir a porquinha tomou uma decisão: - Então é fácil, de agora em diante vou convidar todos a construir esse mundo do qual nosso Mestre ensinou.
Muito orgulhosa e feliz a mãe disse: - Isso mesmo, isso é transformar a realidade violenta em realidade de paz.
Mas o boi não acreditou muito: - Como vocês são simplórias. Até parece que conseguirão. Os homens já destruíram muito... É o fim dos tempos...
Dona Porcina continuou sua explicação: - Todas essas tragédias que acontecem não é castigo, nem é o fim do mundo.
- Não?! Falou o Boi.
E a mãe contou: - É um alerta sobre o nosso comportamento em relação aos outros e à natureza.
A árvore que conhecia muito bem a lição disse: - Então não podemos nos esquecer uns dos outros.
A Flor também quis participar: - Não podemos mentir.
O rio também participou da explicação: - Não podemos destruir a natureza.
E todos gritaram: - A natureza é de todos!
A Quinha falou: - Vamos destruir o mundo injusto e violento!
Todos concordaram: - Vamos lutar pela Vida!
A Quinha e o Babão cantaram: - “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!”
Como uma verdadeira Mestra, dona Porcina nos ensinou: - Se cada um tratar melhor o seu irmão, se cada um cuidar bem do planeta, se cada um partilhar o que tem, nascerá e brilhará o sol da justiça.
E como que combinado, o sol apareceu forte e brilhante e todos apontaram para ele e falaram: - O Sol da Justiça já nasceu! Viva! Tchau.




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