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AVEntura!

Atualizado: 15 de out. de 2020

Mt 21,33-43

Autora: Cecília Pellegrini


A historinha de hoje é uma tremenda AVEntura! Muita ave vai voar por aqui e, no final, vamos aprender uma lição muito importante. Vamos AVEriguar?

Certa vez, o senhor Urubu alugou um ninho. Depois de voar muitas horas, pousou cansado no galho de uma árvore e diz: - Ufa, ser uma ave de rapina não é pra qualquer um não!

Dona árvore, curiosa pergunta: - Ei, seu urubu, eu pensei que ave fosse apenas ave. O que é ser de rapina?

A ave dando risada voa até o chão: - Ora, ora, bem se vê que você é uma árvore, rapina quer dizer roubar violentamente.

- Nossa, roubo? E ainda por cima violento? Fala a árvore assustada.

Então, o urubu explica ao mesmo tempo em que se mostra vaidoso: - Eu sou da turma do gavião, da águia, do condor, somos aves carnívoras, ou seja, só comemos carne... urubu adora uma carniça. Temos bicos recurvados e pontiagudos, parecem uma agulha, garras fortes e uma visão que enxerga longe... Mas chega de ficar AVEriguando a minha vida.

Amiguinhos, eu não disse que hoje iria ser uma aventura? Eu só não sabia que teria uma ave tão feroz e que gosta de carniça! Mas vamos continuar com a historinha...

O Urubu olhou para os lados e logo encontrou seu novo lar: - Aqui está o ninho que vou alugar. Deixe-me ver: está num bom local, na região tem muitos animais para se caçar. Tudo excelente, essa moradia é ótima.

Ele abre uma cadeira de praia que estava num canto, coloca óculos escuros e fica tomando sol.

Nisso chegam voando um Papagaio e uma Arara e chamam: - Seu Urubu!

O Urubu finge não ouvir e as aves batem palmas e gritam: - Seu Urubu! Ô de casa!

Muito irritado a ave esbraveja: - Que gritaria é essa na porta do meu ninho? Não vê que estou pegando um bronzeado?

O Papagaio explica a razão da presença deles: - Senhor Urubu, o senhor AVElino, que é uma ave muito trabalhadeira e esforçada, construiu esse ninho grande, confortável, resistente a chuvas e tempestades, mandou-me aqui, para cobrar o aluguel do senhor.

- O quê? Cobrar o aluguel? E quem disse que irei pagar? Gritou o urubu.

A Arara afirma: - Mas tem que pagar sim!

O urubu mostrou suas garras afiadas: - Olha aqui sua avezinha, você me deixou AVExado e se continuar nesse pipipipi eu te viro no AVEsso.

A Arara correu se esconder atrás do Papagaio, mas este, bem tranquilo, falou: - Calma, calma, seu urubu: nem o senhor AVElino, nem nós queremos briga. Ele quer apenas o aluguel dele, que é justo.

Mas em vez de se acalmar o Urubu ficou mais irritado e esbravejou: - Saiam logo daqui senão eu vou mostrar pra que servem essas garras e esse bico afiados. Eu gosto de carniça! Eu gosto de carniça!

As duas aves saíram voando apressadamente, amedrontadas.

O Urubu, rindo, imitou a fala do Papagaio: - “Seu AVElino quer apenas o aluguel dele, que é justo”.

Depois, empostou a voz e falou bem alto: - Pois a justiça que eu conheço é a lei do mais forte, do mais esperto. Sou trambiqueiro sim, sou caloteiro mesmo.

A Árvore pensou: - Quem diria que esse urubu era desonesto! Será que o AVElino vai aceitar isso?

Ela nem bem terminou de pensar e o Sabiá foi logo falando, em companhia do Papagaio e da Arara: - Senhor Urubu, o nosso patrão AVElino nos mandou aqui, para o senhor pagar o aluguel que lhe deve.

O Urubu, muito nervoso respondeu: - Essa palhaçada novamente? Pois digam ao patrão de vocês que não vou pagar nada. Sou uma ave de rapina, roubo violentamente, entenderam ou terei que desenhar?

Mas o Sabiá alertou: - Ele disse que se o senhor insistir em não pagar, ele enviará o próprio filho dele, o Avelino Junior.

- Pois avisem a ele se mais algum pássaro aparecer por aqui eu vou matar e devorar. Gritou, o urubu.

As aves, indignadas, exclamaram: - Que injustiça!

O Papagaio criou coragem e disse: - Você está fazendo tudo errado.

- Tirem esse inseto daqui, imediatamente, senão eu vou começar a matança agora mesmo. Esbravejou o Urubu.

As três aves, funcionárias do senhor AVElino, levantaram voo para sair dali imediatamente.

A Árvore, que a tudo assistia, pensou: - Eu preciso dizer umas verdades para esse Urubu e vai ser agora. Mas, cadê a coragem? Como eu devo falar? Preciso mostrar a ele que o nosso mestre Cordeirinho nos ensinou a viver em paz, em união, mas como eu devo falar?

Ei, você que está lendo essa historinha, ajude a árvore, por favor! O que ela deve dizer?

A árvore muito confiante disse: - Sr. Urubu, o nosso mestre Cordeirinho ensina que devemos ser bons, não brigar, ser justos...

Mas o Urubu interrompeu a fala: - Já não chega aquelas aves que me perturbaram o tempo todo, agora vem uma árvore... Essa é boa.

A árvore continuou falando com muito amor no coração: - Você faz parte desse reino de amor, que o Cordeirinho construiu e não queremos que você fique no caminho do mal. Sabemos que não é fácil ficar sempre do lado certo.

- Chega de falar no Cordeirinho, esse ninho é meu. Daqui não saio daqui ninguém me tira. Disse o Urubu, fazendo uma cara bem feia.

A árvore explicou: - Não estamos pedindo para o senhor sair daí, só queremos que você entenda que o ninho não é seu e se você quer morar aí precisa pagar o aluguel para o sr. AVElino... só isso.

- Já vi que nesse lugar todos seguem o Cordeirinho. Falou a ave emburrada.

- Lógico, porque ele quer a justiça, a solidariedade e a paz. Afirmou a árvore.

O Urubu pensou e disse: - Paz, paz, eu quero é guerra, briga. Isso prova que esse ninho não está num bom lugar para mim. Eu vou procurar outro ninho, e que seja num lugar onde todos queiram brigar como eu. Eu sou um AVEntureiro e brigo com o mundo inteiro!

O Urubu levantou voo gritando: Eu quero é carniça!

A árvore respondeu: - Pois nós não queremos carniça, queremos Justiça!

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