AVEntura!
- Ovelhinha

- 18 de out. de 2018
- 4 min de leitura
Atualizado: 30 de out. de 2020
Mt 21,33-43
Autora: Cecília Pellegrini
Cenário: Uma árvore (uma pessoa fantasiada) e vários ninhos espalhados pelo cenário com aves dentro. No chão um tecido marrom, simbolizando um enorme ninho e dentro do ninho uma cadeira de praia desarmada.
Personagens: Árvore, Urubu, Papagaio, Arara e Sabiá.
ÁRVORE [já em cena]: - Bom dia amiguinhos! A historinha de hoje é uma tremenda AVEntura! Muita ave vai voar por aqui e no final vamos aprender uma lição muito importante. Vamos AVEriguar? [ao falar, dar ênfase no “AVE” e depois fala-se o resto da palavra: ...“riguar”]
URUBU [entra em cena fazendo gestos de voo]: - Ufa, ser uma ave de rapina não é pra qualquer um não!
ÁRVORE: - Ei, seu urubu, eu pensei que ave fosse apenas ave. O que é ser de rapina?
URUBU [dando risada]: - Ora, ora, bem se vê que você é uma árvore, rapina quer dizer roubar violentamente.
ÁRVORE [assustada]: - Nossa, roubo? E ainda por cima violento?
URUBU: - Eu sou da turma do gavião, da águia, do condor, somos aves carnívoras, ou seja, só comemos carne, urubu adora uma carniça. Temos bicos recurvados, vejam aqui [mostra o próprio bico] e pontiagudo, parece uma agulha, garras fortes e uma visão que enxerga longe... Mas chega de ficar AVEriguando a minha vida.
ÁRVORE: - Amiguinhos, eu não disse que hoje iria ser uma AVEntura? Eu só não sabia que teria uma ave tão feroz e que gosta de carniça! [gesto de reprovação]
URUBU [analisando o ninho]: - Aqui está o ninho que vou alugar. Deixa-me ver: está num bom local, [mostra as pessoas da plateia], muitos animais para se caçar. Tudo excelente, essa moradia é ótima. [abre a cadeira de praia, coloca óculos escuros e fica tomando sol, olhando para cima.]
PAPAGAIO e ARARA [entram em cena voando]: - Seu Urubu!
[Urubu finge não ouvir e as aves batem palmas e gritam]: - Seu Urubu! Ô de casa!
URUBU [irritado]: - Que gritaria é essa na porta do meu ninho? Não vê que estou pegando um bronzeado?
PAPAGAIO: - Senhor Urubu, o senhor AVElino, que é uma ave muito trabalhadeira e esforçada, que construiu esse ninho grande, confortável, resistente a chuvas e tempestades, me mandou aqui, para cobrar o aluguel do senhor.
URUBU: - O quê? Cobrar o aluguel? E quem disse que irei pagar?
ARARA: - Mas tem que pagar sim!
URUBU: - Olha aqui sua avezinha, você me deixou AVExado, se continuar nesse pipipipi eu te viro no AVEsso. [Arara se esconde atrás do papagaio].
PAPAGAIO: - Calma, calma, seu urubu, nem o senhor AVElino, nem nós queremos briga. Ele quer apenas o aluguel dele, que é justo.
URUBU: - Saiam logo daqui senão eu vou mostrar pra que servem essas garras e esse bico afiados. Eu gosto de carniça! Eu gosto de carniça!
[As duas aves saem voando-correndo, amedrontadas].
URUBU [rindo imita a fala da ave]: - Seu AVElino quer apenas o aluguel dele, que é justo. A justiça que eu conheço é a lei do mais forte, do mais esperto. Sou trambiqueiro sim, sou caloteiro mesmo.
ÁRVORE [fala para a plateia]: - Quem diria que esse urubu fosse desonesto! Será que o AVElino vai aceitar isso?
SABIÁ [entra em cena junto com o Papagaio e a Arara]: - Senhor Urubu, o nosso patrão AVElino nos mandou aqui, para o senhor pagar o aluguel que lhe deve.
URUBU [nervoso]: - Essa palhaçada novamente? Pois digam ao patrão de vocês que não vou pagar nada. Sou uma ave de rapina, roubo violentamente, entenderam ou terei que desenhar?
SABIÁ: - Ele disse que se o senhor insistir em não pagar ele enviará o próprio filho dele, o AVElino Junior.
URUBU: - Pois avisem a ele, se mais algum pássaro aparecer por aqui eu vou matar e devorar!
TODOS: - Que injustiça!
PAPAGAIO: - Você está fazendo tudo errado.
URUBU: - Tirem esse inseto daqui, imediatamente, senão eu vou começar a matança agora mesmo.
[as 3 aves saem de cena correndo.]
ÁRVORE [fala com a plateia]: - Crianças, eu preciso dizer umas verdades a esse Urubu e vai ser agora. Mas, cadê a coragem? Como eu devo falar? Preciso mostrar a ele que o nosso mestre Cordeirinho nos ensinou a viver em paz, em união, mas como falarei? Me ajudem, por favor! O que eu devo dizer? [esperar algumas falas das crianças]
ÁRVORE [vai até o seu urubu, com um pouco de medo]. - Seu Urubu, eu e todas essas crianças... não é crianças? Nós queremos conversar com o senhor. Sabe o que é... Crianças, me ajudem, falem com ele. [Incentivar que algumas crianças ajudem a solucionar o problema].
ÁRVORE [bem confiante]: - Sr.Urubu, o nosso mestre Cordeirinho ensina que devemos ser bons, não brigar, ser justos...
URUBU: - Já não chega aquelas aves que me perturbaram o tempo todo, agora vem uma árvore e um montão de crianças... Essa é boa.
ÁRVORE: - Você faz parte desse reino de amor, que o Cordeirinho construiu e não queremos que você fique no caminho do mal, não é crianças? Sabemos que não é fácil ficar sempre do lado certo.
URUBU: - Chega de falar no Cordeirinho, esse ninho é meu. Daqui não saio daqui ninguém me tira.
ÁRVORE: - Não estamos pedindo para o senhor sair daí, só queremos que você entenda que o ninho não é seu e se você quer morar aí precisa pagar o aluguel para o sr. AVElino, só isso.
URUBU [bravo]: - Já vi que nesse lugar todos seguem o Cordeirinho.
ÁRVORE: - Lógico, porque ele quer a justiça, a solidariedade e a paz.
URUBU: - Paz, paz, eu quero é guerra, briga. Isso prova que esse ninho não está num bom lugar para mim. Eu vou procurar outro ninho, e que seja num lugar onde todos queiram brigar como eu. Alguém quer vir comigo? [convida pessoas da plateia].
As 3 aves entram e respondem: Não!
URUBU: - Eu sou um AVEntureiro e brigo com o mundo inteiro! Eu quero é carniça! [sai de cena pelo lado contrário das 3 aves].
PAPAGAIO: Pois nós não queremos carniça!
TODOS: Queremos Justiça! Tchau!




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